Opa.
Olha, vocês não fazem ideia de como esse tipo de "papo cabeça" estimula as minhas sinapses...
Por isso que sempre torço por conversas em áudio por aqui: se for colocar tudo o que gostaria de expressar sobre certos assuntos que rolam por aqui, textão de Facebook seria pouco...
Por isso, deixa eu tentar resumir.
Eu entendo que (eu não acho nada! Eu sei, ou não sei!), atualmente, vivemos em um verdadeiro surto dopaminérgico.
Sem entrar na linguagem técnica, podemos dizer que tudo ao nosso redor nos estimula a uma lógica de "fuja da dor, busque o prazer".
Lógico que, instintivamente falando, essa lógica faz muito sentido.
Mas, sem os mecanismos racionais de regulação desse estímulo desenfreado por afagar nosso sistema de recompensas, sem um esforço compatível, podemos gradativamente nos desinteressar por aqueles simples prazeres, ou depender de mais para nos mantermos minimamente felizes.
Por isso, um "detox de dopamina" (desligar-se deste nosso mundo hiper conectado de vez em quando) é mais do que indicado.
Bom, depois deste preâmbulo chatíssimo, deixa eu compartilhar a minha experiência.
Como a maioria dos amigos, também estou imerso nesse mundo de estímulos.
Começo muitos jogos pelo hype do momento, pra não ficar de fora do assunto, e deixo ele de lado quando a nova tendência surge.
No meu caso, creio que seja muito mais falta de disciplina do que qualquer outra coisa.
Tenho me esforçado para fugir dessa lógica incômoda.
Estou recomeçando muitos livros que deixei pra trás (apesar de sempre baixar um novo livro gratuito por semana, em média), pra finalmente terminar o que comecei.
Jogos, séries, cursos, tarefas, enfim, também estão nesse microverso de coisas inacabadas, devido a tantas opções mais interessantes.
Creio que, à medida que alcançamos um conhecimento maior de nós mesmos, nos permitimos priorizar o que realmente importa, e deixar de lado os "supérfluos", por assim dizer.
É como dizia Nietzsche (o meu malvado favorito): quem não sabe desprezar, não sabe respeitar.
Ou algo assim.