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Tópico Oficial Senua’s Saga: Hellblade II - Uma brutal jornada de sobrevivência na Islândia Viking

Depois de jogar, qual a sua avaliação de Senua's Saga: Hellblade 2?


  • Total voters
    50
Eu não acho que a nota final que ta rolando ali seja ruim ou injusta. Acho que o jogo veria de um 8 a 9 tranquilamente, e é uma boa nota.

Oq digo é que para gerar engajamento em cima de caixista hoje tá muito fácil, basta fazer oq esse crítico fez... certeza rendeu alguns reais em ad no site do cara.
Eu não joguei ainda, fica complicado opinar, mas acho dificil um game desse ser 8.
Mas vamos ver, pode ser que seja até menos...
 
Não sei como isso chegou aí, mas o review do primeiro Hellblade da Gamespot não foi feito pela autora do segundo.
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Não basta me desmascarar nas outras mídias?
 
Achei que iria pior.
Apesar de ter pego poucos players na steam, parece que teve mais interesse após o lançamento.
 

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Terminei a parte da Caverna na Montanha dos Elfos e na sequência vem a história da Illtauga e meu amigo, essa sequência inteira é ABSOLUTE CINEMA. Eu tô embasbacado. Eu tô fascinado e até chorei jogando um vídeo game.
Que trabalho de roteiro e direção de arte impecáveis desse jogo.
 
Terminei a parte da Caverna na Montanha dos Elfos e na sequência vem a história da Illtauga e meu amigo, essa sequência inteira é ABSOLUTE CINEMA. Eu tô embasbacado. Eu tô fascinado e até chorei jogando um vídeo game.
Que trabalho de roteiro e direção de arte impecáveis desse jogo.
Todos os anos que os jogos da Xbox Game Studio não entregaram na forma de apresentar suas histórias foram concentradas em Hellblade 2 pra compensar
 
Terminei a parte da Caverna na Montanha dos Elfos e na sequência vem a história da Illtauga e meu amigo, essa sequência inteira é ABSOLUTE CINEMA. Eu tô embasbacado. Eu tô fascinado e até chorei jogando um vídeo game.
Que trabalho de roteiro e direção de arte impecáveis desse jogo.
Parei de jogar nessa parte. Simplismente sensacional. O jogo entrega com maestria o que ele se compromete em fazer. Uma experiência cinematográfica audio visual de primeira linha.
Superou minhas espectativas, que evolução da Ninja.
 
Joguei algo em torno de 2 horas, o destaque até o momento fica na variedade de áreas, na variação do tempo que está impressionante e lindíssimo.
Acho que são as texturas mais bonitas que já vi, as expressões faciais e os personagens também estão demais.

Corri com o personagem no barro, e na água, e reagiu de acordo com o terreno. Espirrou barro mesmo, como se fosse de verdade kkk.

O combate me veio a mente exatamente como no primeiro jogo. Os cenários estão aterrorizantes com os detalhes dos corpos, a história está bacana por enquanto, nada tão surpreendente mas gostei dos vários personagens.

Começo com uma nota 8, sobre o MC eu não me preocuparia com isto.
O melhor de tudo, é poder ter um jogão destes no dayone, tô cagando e andando para o que o especialistinha tá pensando, kkk.
Dou muito mais valor a opinião da galera aqui.
 
Joguei pouco mais de 3 horas. Tudo cinematográfico. Um filme jogável, sem HUD, dimensões de imagem e fotografia literalmente de cinema.

O que joguei até agora me agradou muito. Impecável do ponto de vista artístico e gráfico. Considero um 8/10 por conta de não ser o estilo que mais gosto, mas posso subir a nota se do meio pro final melhorar.
 
Vou ter que deixar o ambiente inóspito de Boston pós guerra nuclear para jogar essa maravilha.
Olhei um vídeo dos gráficos do jogo no modelo de laptop que tenho, e está incrível. DLSS faz milagres! Mas ainda tenho a dúvida se vou jogar no Series X, ou no laptop.
 
Vou ter que deixar o ambiente inóspito de Boston pós guerra nuclear para jogar essa maravilha.
Olhei um vídeo dos gráficos do jogo no modelo de laptop que tenho, e está incrível. DLSS faz milagres! Mas ainda tenho a dúvida se vou jogar no Series X, ou no laptop.
Onde prefere assistir um filme?
 
Depois das fotinhos, vamos lá.

Para simplificar durante o texto em alguns momentos, H1 = Hellblade 1, H2 = Hellblade 2.

Falar de Hellblade 2 é falar de um jogo muito ambicioso, que eleva bastante o nível de qualidade técnica possível na geração atual e se posiciona como um bechmark para os jogos que virão a seguir, junto de Alan Wake 2. Se H1 foi feito de forma independente por 20 pessoas em cerca de 3-4 anos, a um custo de $10 milhões, surpreendendo o mercado na época ao mostrar que era possível criar jogos independentes de escopo intermediário, dá pra perceber muito bem onde foram parar os 5-6 anos de desenvolvimento enquanto first party da Microsoft, com 80+ pessoas a um custo muito maior.

Toda a parte técnica já foi amplamente debatida e será trazida muitas e muitas vezes mais, porque é impressionante mesmo. O trabalho artístico envolvido na recriação das paisagens, na construção dos ambientes internos, nos modelos de roupas e apetrechos, tudo é de um nível de detalhes absurdo que não deixa nada a desejar para os grandes estúdios AAA que sempre são citados como exemplos de equipes que vão além nesse sentido. Não tenho nem muitas palavras pra descrever, é um daqueles jogos que justifica a geração atual, algo que poucos títulos conseguiram traduzir até o momento. Para criar H2, a Ninja Theory fez sei lá quantas viagens de campo para a Islândia, utilizando as melhores tecnologias disponíveis na atualidade para criar o mundo mais crível que eu já vi. Coloca algumas partes do jogo em uma TV dentro de um restaurante e a maioria das pessoas vai acreditar que é um filme, tamanho o nível de realismo que conseguiram alcançar.

Realismo talvez seja a melhor palavra para descrever. É um jogo muito real, com aspectos fantásticos mas ainda ancorados que podemos enxergar acontecendo de verdade. Visitar uma aldeia queimada e devastada por si só já geraria um desconforto; visitar esse ambiente escutando gritos de uma mãe tentando (em vão) salvar um bebê é angustiante. Quem for jogar, prepare-se bastante para encontrar momentos chocantes sem muita cerimônia. Afinal, aquele é o mundo real daquele lugar naquele século, o jogo não faz muita questão de promover o horror como "nossa, olha que absurdo", preparando um momento grandioso, optando por tratar como algo que as pessoas de lá estão acostumadas a conviver.

Resumindo, seja em vídeo ou em áudio, H2 é um deslumbre para os olhos e os ouvidos.

.

Mas (o mas sempre vem), toda essa atenção aos detalhes técnicos gerou como resultado, ao meu ver, um produto final bem mais inconsistente: enquanto algumas áreas evoluíram de forma espetacular, outras sofreram por um processo de involução e deram alguns passos (ou mais) pra trás, exatamente por conta dos elogios dos parágrafos acima. Como desenvolvimento de jogos é, basicamente, gestão de recursos (quanto tempo vai levar, quantas pessoas e dinheiro vai precisar), decidiram alocar boa parte dos valores extras para a parte técnica, deixando os quatro pontos abaixo mais descobertos.

  • Ação/combate- As sequências de ação (ou de tensão como haviam no primeiro jogo) se limitam apenas às pequenas áreas de combate que acontecem de vez em quando. Falo em "pequenas" por serem pequenas arenas mesmo, não existe nenhum momento em H2 onde vamos andando pelo cenário, passando por locais diferentes, enfrentando hordas de inimigos ao mesmo tempo, como acontecia em H1. Aqui, é uma salinha de 10x10 onde enfrentamos um inimigo por vez, com variação dos tipos de inimigos enfrentados e a quantidade deles (variável, pode ser 3, 5, 6, o máximo que contei uma vez foram 14-15). Acredito que poderiam ter espaçado melhor esses combates em outras partes do jogo (explico mais no item "ritmo" abaixo). A jogabilidade também mudou pra melhor e pra pior:
    • Mais aprofundada - A escolha da Ninja Theory em fazer movimentos coreografados ajuda a dar um tom mais épico pra cada encontro. Os movimentos são lindos, algumas lutas parecem uma dança mesmo, com passos e gestos perfeitamente executados, mandaram bem demais nessa parte mesmo. Cada ataque é mais pesado, utilizaram aquela técnica de dar uma pequena pausa nos frames quando o golpe acerta o inimigo (ou a gente) pra passar a sensação de algo forte, brutal. Em duas lutas específicas (uma no início e outra no final), ver Senua e seus adversários duelando, cada espadada cortando as gotas de água na chuva, os movimentos precisamente coreografados, as esquivas que só falta sair aquele som de "humpf" de desprezo, tudo isso é até acima de 10/10, absolute cinema total.
    • Mais simplificada - Ao mesmo tempo, esses pontos positivos limitam o que pode ser feito, pois a escolha pela plasticidade acaba impondo algumas concessões que tiram bastante o elemento "jogo" da questão. O próprio fato de enfrentarmos um inimigo por vez exemplifica isso, não tem mais aquele lance de movimentação e posicionamento para encurralar inimigos, colocar 2-3 próximos e atingir eles ao mesmo tempo, é tudo no 1x1. Em alguns momentos, a sensação era mais de estar em um momento de QTE (quick time event) do que em um combate livre mesmo. Inclusive, sobre isso, algo que vale para alguns momentos de combate e também durante o jogo geral: por vezes, não sabia se eu estava controlando a personagem ou se era uma cutscene, na dúvida, ficava apertando os botões mesmo. No fim, já tinha até me acostumado e saí com a percepção de que nem é ruim, é bom para essa proposta, se encaixa e faz sentido, por mais que tire pontos da parte "gameplay".
  • História - Pode ter sido uma questão muito pessoal, mas senti bem menos ligação com o que a Senua passa no segundo jogo. Se em H1 existia uma motivação muito clara (Dillion), um objetivo X que nos motivava a seguir em frente, em H2 a motivação de vingança é meio rasa. Existe o sentimento e a vontade de se vingar por algo que aconteceu, mas pra quem essa vingança é direcionada? Ah, vai indo que uma hora as coisas encaixam. A inclusão de novos personagens poderia ser um fator melhor explorado, a NT até comentou em entrevistas como as vozes da Senua seriam mais atuantes, teriam um papel em como a Senua percebe os outros, mas sinceramente, não senti isso. A própria presença dessas vozes agiu muito mais como um gimmick, um artifício que está ali presente porque faz parte da personagem.
  • Puzzles - Esse é um aspecto que muita gente não gostou no primeiro, eu até achei interessante e estava curioso pra ver o que iriam fazer para a sequência. O que vi foi uma simplificação absurda em termos de desafio, com o jogo direcionando bem onde devemos ir e qual a ação que deve ser feita em sequência, mesmo com a inclusão de uma nova mecânica que altera o cenário (e que, por algum motivo, foi aplicada de três formas diferentes), além da tradicional que existia em H1, encontrar formas no cenário. Não teve um momento em que precisei parar pra pensar "opa, qual será o próximo passo agora", me pareceram desafios bem lineares mesmo, onde um bloco de ação leva diretamente para o próximo, sem muita margem para o jogador errar ou ficar travado. Além do mais, em nenhum momento os puzzles oferecem algum tipo de perigo, como em algumas partes de H1 onde aquele bichão (Garm) nos matava quando ficávamos na escuridão por muito tempo. H2 até tem momentos em que ficamos no escuro, sem nenhuma luz para nos proteger, mas nada acontece, não tem nenhum senso de urgência, algo que precise de sincronia, é tudo bem tranquilo.
  • Jogabilidade/ritmo - Combinei jogabilidade e ritmo aqui porque acho que ambos caminham de mãos atadas. Como resultado da escolha criativa pelo aspecto cinematográfico, boa parte do "jogo" se limita a momentos em que a gente basicamente só anda pra frente, sem muita coisa interessante acontecendo. Lembra como, em H1, precisávamos atravessar alguma área elevada em cima de um tronco/madeira e, dependendo do equilíbrio, dava pra cair? Isso não acontece aqui, na real nem tem um momento em que isso seja possível, o máximo é ficar escorado na parede em uma encosta pequena, mas com zero risco de dar errado. Em alguns momentos, até temos inimigos na parte de cima que podem nos enxergar - mas, de novo, nada acontece, não é como se tivéssemos que esperar um momento X para nos movimentar. Ambos os Hellblade são descritos como jogos de "ação e aventura", mas senti muito mais elementos de walking simulators em H2 do que em H1, especialmente porque eles são mais longos, enormes seções de contemplação que farão sucesso em prints e vídeos pelas próximas semanas e meses, mas que não adicionam quase nada no momento a momento de jogo em si.
    • Sobre a jogabilidade, por conta do aspecto cinematográfico, o jogo não apresenta nenhuma HUD auxiliar, nenhum aviso sobre comandos, nada. Por um lado, confia no jogador que ou 1) jogou o primeiro jogo ou 2) jogou jogos o suficiente para ter um conhecimento prévio sobre o que cada botão faz. Não chega a ser um problema em si, já que é algo que já acontecia em H1 e, caso necessário, é só entrar nos menus e ver o que cada botão faz (dá até pra remapear com facilidade), mas me gerou estranheza o jogo confiar tanto assim no jogador e, em um determinado momento, fazer algo que eu não imaginava. Como se joga uma lança em um inimigo? Instintivamente, como você faria? Na minha cabeça, a sequência lógica era apertar "LT" para mirar e "RT" para atirar - mas não, era só apertar "A" mesmo, que o jogo atira exatamente no lugar onde a lança precisa ir - afinal, acima de tudo, está o aspecto cinematográfico.


Pra mim, Senua's Saga: Hellblade 2 e Hellblade: Senua's Sacrifice são iguais na avaliação final, a diferença é como cada um deles chega lá:
  • Senua's Sacrifice é mais contido e equilibrado, onde todos os aspectos do jogo circulam ali a faixa do 7-9 (em uma escala de 1 a 10), gerando um produto que não chega a ser surpreendente além do som, mas também não deixa a peteca cair;
  • Senua's Saga é mais ambicioso, gerando um descompasso entre seus aspectos principais, jogando todos os elementos técnicos (indiscutivelmente) para a casa do 10, mas agindo como um cobertor curto que acaba destapando outros pontos igualmente importantes, especialmente em um videogame.

Avaliação final - Senua's Saga: Hellblade 2 >>> ★★★★✫
 
Última edição:
Depois das fotinhos, vamos lá.

Para simplificar durante o texto em alguns momentos, H1 = Hellblade 1, H2 = Hellblade 2.

Falar de Hellblade 2 é falar de um jogo muito ambicioso, que eleva bastante o nível de qualidade técnica possível na geração atual e se posiciona como um bechmark para os jogos que virão a seguir, junto de Alan Wake 2. Se H1 foi feito de forma independente por 20 pessoas em cerca de 3-4 anos, a um custo de $10 milhões, surpreendendo o mercado na época ao mostrar que era possível criar jogos independentes de escopo intermediário, dá pra perceber muito bem onde foram parar os 5-6 anos de desenvolvimento enquanto first party da Microsoft, com 80+ pessoas a um custo muito maior.

Toda a parte técnica já foi amplamente debatida e será trazida muitas e muitas vezes mais, porque é impressionante mesmo. O trabalho artístico envolvido na recriação das paisagens, na construção dos ambientes internos, nos modelos de roupas e apetrechos, tudo é de um nível de detalhes absurdo que não deixa nada a desejar para os grandes estúdios AAA que sempre são citados como exemplos de equipes que vão além nesse sentido. Não tenho nem muitas palavras pra descrever, é um daqueles jogos que justifica a geração atual, algo que poucos títulos conseguiram traduzir até o momento. Para criar H2, a Ninja Theory fez sei lá quantas viagens de campo para a Islândia, utilizando as melhores tecnologias disponíveis na atualidade para criar o mundo mais crível que eu já vi. Coloca algumas partes do jogo em uma TV dentro de um restaurante e a maioria das pessoas vai acreditar que é um filme, tamanho o nível de realismo que conseguiram alcançar.

Realismo talvez seja a melhor palavra para descrever. É um jogo muito real, com aspectos fantásticos mas ainda ancorados que podemos enxergar acontecendo de verdade. Visitar uma aldeia queimada e devastada por si só já geraria um desconforto; visitar esse ambiente escutando gritos de uma mãe tentando (em vão) salvar um bebê é angustiante. Quem for jogar, prepare-se bastante para encontrar momentos chocantes sem muita cerimônia. Afinal, aquele é o mundo real daquele lugar naquele século, o jogo não faz muita questão de promover o horror como "nossa, olha que absurdo", preparando um momento grandioso, optando por tratar como algo que as pessoas de lá estão acostumadas a conviver.

Resumindo, seja em vídeo ou em áudio, H2 é um deslumbre para os olhos e os ouvidos.

.

Mas (o mas sempre vem), toda essa atenção aos detalhes técnicos gerou como resultado, ao meu ver, um produto final bem mais inconsistente: enquanto algumas áreas evoluíram de forma espetacular, outras sofreram por um processo de involução e deram alguns passos (ou mais) pra trás, exatamente por conta dos elogios dos parágrafos acima. Como desenvolvimento de jogos é, basicamente, gestão de recursos (quanto tempo vai levar, quantas pessoas e dinheiro vai precisar), decidiram alocar boa parte dos valores extras para a parte técnica, deixando os quatro pontos abaixo mais descobertos.

  • Ação/combate- As sequências de ação (ou de tensão como haviam no primeiro jogo) se limitam apenas às pequenas áreas de combate que acontecem de vez em quando. Falo em "pequenas" por serem pequenas arenas mesmo, não existe nenhum momento em H2 onde vamos andando pelo cenário, passando por locais diferentes, enfrentando hordas de inimigos ao mesmo tempo, como acontecia em H1. Aqui, é uma salinha de 10x10 onde enfrentamos um inimigo por vez, com variação dos tipos de inimigos enfrentados e a quantidade deles (variável, pode ser 3, 5, 6, o máximo que contei uma vez foram 14-15). Acredito que poderiam ter espaçado melhor esses combates em outras partes do jogo (explico mais no item "ritmo" abaixo). A jogabilidade também mudou pra melhor e pra pior:
    • Mais aprofundada - A escolha da Ninja Theory em fazer movimentos coreografados ajuda a dar um tom mais épico pra cada encontro. Os movimentos são lindos, algumas lutas parecem uma dança mesmo, com passos e gestos perfeitamente executados, mandaram bem demais nessa parte mesmo. Cada ataque é mais pesado, utilizaram aquela técnica de dar uma pequena pausa nos frames quando o golpe acerta o inimigo (ou a gente) pra passar a sensação de algo forte, brutal. Em duas lutas específicas (uma no início e outra no final), ver Senua e seus adversários duelando, cada espadada cortando as gotas de água na chuva, os movimentos precisamente coreografados, as esquivas que só falta sair aquele som de "humpf" de desprezo, tudo isso é até acima de 10/10, absolute cinema total.
    • Mais simplificada - Ao mesmo tempo, esses pontos positivos limitam o que pode ser feito, pois a escolha pela plasticidade acaba impondo algumas concessões que tiram bastante o elemento "jogo" da questão. O próprio fato de enfrentarmos um inimigo por vez exemplifica isso, não tem mais aquele lance de movimentação e posicionamento para encurralar inimigos, colocar 2-3 próximos e atingir eles ao mesmo tempo, é tudo no 1x1. Em alguns momentos, a sensação era mais de estar em um momento de QTE (quick time event) do que em um combate livre mesmo. Inclusive, sobre isso, algo que vale para alguns momentos de combate e também durante o jogo geral: por vezes, não sabia se eu estava controlando a personagem ou se era uma cutscene, na dúvida, ficava apertando os botões mesmo. No fim, já tinha até me acostumado e saí com a percepção de que nem é ruim, é bom para essa proposta, se encaixa e faz sentido, por mais que tire pontos da parte "gameplay".
  • História - Pode ter sido uma questão muito pessoal, mas senti bem menos ligação com o que a Senua passa no segundo jogo. Se em H1 existia uma motivação muito clara (Dillion), um objetivo X que nos motivava a seguir em frente, em H2 a motivação de vingança é meio rasa. Existe o sentimento e a vontade de se vingar por algo que aconteceu, mas pra quem essa vingança é direcionada? Ah, vai indo que uma hora as coisas encaixam. A inclusão de novos personagens poderia ser um fator melhor explorado, a NT até comentou em entrevistas como as vozes da Senua seriam mais atuantes, teriam um papel em como a Senua percebe os outros, mas sinceramente, não senti isso. A própria presença dessas vozes agiu muito mais como um gimmick, um artifício que está ali presente porque faz parte da personagem.
  • Puzzles - Esse é um aspecto que muita gente não gostou no primeiro, eu até achei interessante e estava curioso pra ver o que iriam fazer para a sequência. O que vi foi uma simplificação absurda em termos de desafio, com o jogo direcionando bem onde devemos ir e qual a ação que deve ser feita em sequência, mesmo com a inclusão de uma nova mecânica que altera o cenário (e que, por algum motivo, foi aplicada de três formas diferentes), além da tradicional que existia em H1, encontrar formas no cenário. Não teve um momento em que precisei parar pra pensar "opa, qual será o próximo passo agora", me pareceram desafios bem lineares mesmo, onde um bloco de ação leva diretamente para o próximo, sem muita margem para o jogador errar ou ficar travado. Além do mais, em nenhum momento os puzzles oferecem algum tipo de perigo, como em algumas partes de H1 onde aquele bichão (Garm) nos matava quando ficávamos na escuridão por muito tempo. H2 até tem momentos em que ficamos no escuro, sem nenhuma luz para nos proteger, mas nada acontece, não tem nenhum senso de urgência, algo que precise de sincronia, é tudo bem tranquilo.
  • Jogabilidade/ritmo - Combinei jogabilidade e ritmo aqui porque acho que ambos caminham de mãos atadas. Como resultado da escolha criativa pelo aspecto cinematográfico, boa parte do "jogo" se limita a momentos em que a gente basicamente só anda pra frente, sem muita coisa interessante acontecendo. Lembra como, em H1, precisávamos atravessar alguma área elevada em cima de um tronco/madeira e, dependendo do equilíbrio, dava pra cair? Isso não acontece aqui, na real nem tem um momento em que isso seja possível, o máximo é ficar escorado na parede em uma encosta pequena, mas com zero risco de dar errado. Em alguns momentos, até temos inimigos na parte de cima que podem nos enxergar - mas, de novo, nada acontece, não é como se tivéssemos que esperar um momento X para nos movimentar. Ambos os Hellblade são descritos como jogos de "ação e aventura", mas senti muito mais elementos de walking simulators em H2 do que em H1, especialmente porque eles são mais longos, enormes seções de contemplação que farão sucesso em prints e vídeos pelas próximas semanas e meses, mas que não adicionam quase nada no momento a momento de jogo em si.
    • Sobre a jogabilidade, por conta do aspecto cinematográfico, o jogo não apresenta nenhuma HUD auxiliar, nenhum aviso sobre comandos, nada. Por um lado, confia no jogador que ou 1) jogou o primeiro jogo ou 2) jogou jogos o suficiente para ter um conhecimento prévio sobre o que cada botão faz. Não chega a ser um problema em si, já que é algo que já acontecia em H1 e, caso necessário, é só entrar nos menus e ver o que cada botão faz (dá até pra remapear com facilidade), mas me gerou estranheza o jogo confiar tanto assim no jogador e, em um determinado momento, fazer algo que eu não imaginava. Como se joga uma lança em um inimigo? Instintivamente, como você faria? Na minha cabeça, a sequência lógica era apertar "LT" para mirar e "RT" para atirar - mas não, era só apertar "A" mesmo, que o jogo atira exatamente no lugar onde a lança precisa ir - afinal, acima de tudo, está o aspecto cinematográfico.


Pra mim, Senua's Saga: Hellblade 2 e Hellblade: Senua's Sacrifice são iguais na avaliação final, a diferença é como cada um deles chega lá:
  • Senua's Sacrifice é mais contido e equilibrado, onde todos os aspectos do jogo circulam ali a faixa do 7-9 (em uma escala de 1 a 10), gerando um produto que não chega a ser surpreendente além do som, mas também não deixa a peteca cair;
  • Senua's Saga é mais ambicioso, gerando um descompasso entre seus aspectos principais, jogando todos os elementos técnicos (indiscutivelmente) para a casa do 10, mas agindo como um cobertor curto que acaba destapando outros pontos igualmente importantes, especialmente em um videogame.

Avaliação final - Senua's Saga: Hellblade 2 >>> ★★★★✫
A única review que li e lerei.
Pena que a sua nota jogaria a média do meta pra BAIXO!
mídia comprada.
 
Jogo terminado. Eu daria um 6 pra ele. Tem seus momentos mas no geral achei chatissimo.

O positivo:
- História
- Gráficos
- Áudio
- Thorgestr

O negativo:
- Ritmo. Algumas partes se extendem mais do que deveriam
- Puzzles tão estupidos q se tornam mais encheção de linguiça do que algo que agrega na experiência.
- Combate se torna repetitivo bem rápido

No geral, é um bom filme mas um jogo bem mais ou menos. Mas isso vai do gosto de cada um, eu só não consigo me sentir engajado em um jogo sem nenhum sistema além de um combate extremamente básico e sem substância. Quem curte walking simulators vai amar.

Pro conjunto jogo + música da Aurora no final eu dou 10/10
 
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