Antes de mais nada, a retrsopectiva é multiplataforma, então se entenderem melhor que vá para a seção do boteco eu não me oponho.
2012 não foi um ano fantástico para os jogos eletrônicos. Natural, em se tratando de um final de geração para os videogames. Felizmente, não foi também o pior dessa geração.
Para os jogadores de PC, foi um bom ano. O abismo que foi se formando entre o hardware dos consoles e o dos computadores médios (ao menos no primeiro mundo) fez com que a versão para PC de diversos lançamentos desse ano (como X-Com ou Far Cry 3) apresentasse desempenho melhor nos PCs. Além disso, o PC também viu o lançamento como única plataforma de diversos jogos que figuram entre os melhores do ano, como Diablo III, Guild Wars 2 e Crusader Kings 2.
Para o Xbox 360 o ano foi mediano. O 360 não chegou a ver grandes novidades, enquanto a Microsoft continua investindo em conteúdo para o kinect , ainda sem emplacar um grande título de qualidade para o console. Aprimorou também a quantidade de serviços ofertados pela Live Gold, já que a PSN deixou no chinelo a Live Silver em todos os aspectos, e a Microsoft foi forçada a aprimorar a quantidade de benefícios para a Live Gold para fazer frente à PSN+. Infelizmente, o Brasil ainda continua sem acesso a boa parte de serviços ofertados pela Live nos EUA. Em favor do 360, o lançamento de pelo menos quatro grandes jogos de qualidade de forma exclusiva nos consoles: The Witcher 2, Halo 4, Forza Horizon e Mark of the Ninja.
Para o PS3 o ano foi melancólico. Com a honrosa exceção do extraordinário Journey, a Sony pouco ofereceu de exclusivo de qualidade esse ano. Battle Royale não se compara ao que foi lançado pela concorrência e Twisted Metal disse pouco a que veio também. O Move continua minguando e obscurecido pelo sucesso comercial do kinect. Pelo lado positivo, a Sony deixou claro para o consumidor que a PSN gratuita por si só já deixa o consumidor na dúvida a respeito da necessidade de pagar pelo serviço da Live Gold, e a PSN+, oferecendo diversos jogos gratuitos, mais do que compensou o investimento pedido a seus jogadores.
E o Wii, pobre wii, ficou escanteado durante todo o ano, também sob eclipse do WiiU, cujos primeiros jogos ainda não encantaram ninguém, mostrando uma evidente crise de identidade da Nintendo, que parece querer corer atrás de um público hardcore sem que ofereça a esse público qualquer atrativo que os tire do PC, 360 ou PS3.
Entre os gêneros de jogos, a geração apresentou extremos.
Os jogos de esporte lançados não apresentaram nada de novo. NBA 2k13, Fifa 13, MLB: The Show, tudo foi mais do mesmo em franquias que até por limitações de hardware pouco podem oferecer de novo. Digno de nota a redução do abismo de qualidade que vinha separando FIFA e PES, mas nada que ameace a supremacia facilmente conseguida nessa geração pelo título da Electronic Arts.
Os jogos de luta lançados foram, no mínimo, frustrantes. Em uma geração que conseguiu ver o lançamento de diversos jogos de luta de qualidade, como Street Fighter, Mortal Kombat, Dead or Alive 4, BlazBlue, ter que se contentar com títulos como Persona
Arenda ou Soul Calibur V foi muito pouca coisa. E mesmo os lançamentos de franquias consagradas, como Dead or Alive e Tekken não viveram à altura de seus predecessores, sendo apenas presentes para os fãs das séries.
Para os fãs de jogos de corrida, as estrelas solitárias sem dúvida foram Forza Horizon e Need for Speed: Most Wanted. Não chegou, contudo, a ser uma grande notícia para os fãs de simulações hardcore. Most Wanted é provavelmente um dos jogos de corrida menos realistas da franquia NFS (influência clara dos excessos de Burnout, já que o estúdio foi o mesmo), e Forza Horizon, apesar da qualidade do lindo cenário de Colorado, e a diversão garantidas pelas diversas provas e modalidades de corrida que o jogo oferece, evidentemente se voltou a um público mais casual, com física menos exigentes, danos puramente estéticos no veículos e dirigibilidade simplificada.
Também numa geração que tem sido tão boa para os fãs de RPGs, 2012 poderia ter sido mais generoso. É certo que tivemos o desfecho de Mass Effect, mas é difícil não olhar para Mass Effect e pensar como o “modelo” de RPG da Bioware já está ficando cansado, e mais difícil ainda ignorar toda a controvérsia em torno de um final que não viveu nem de longe à altura da trilogia. The Witcher 2 no Xbox 360 sem dúvida alguma foi um dos melhores RPGs do ano, e um grande feito de adequação de um jogo exigente do ponto vista técnica para as limitações de um console. Sofre, contudo, pelo fato de ter chegado atrasado nos consoles, já que fora lançado um ano antes para PC. Se considerarmos Diablo III e Borderlands 2 como RPGs, o cenário no gênero fica um pouco melhor, mas Diablo III me parece melhor enquadrado como um jogo de ação, e Borderlands 2 parece muito melhor classificado como um jogo de tiro. A quantidade de elementos de RPG que ambos os jogos possuem não apresenta a densidade necessária, a meu ver, para serem classificados como RPG.
Para os fãs de estratégia, foi um bom ano, capitaneado em especial pelo “revival” de X-Com e, para os fãs de estratégia hardcore, a chegada de Crusader Kings 2. X-Com em particular merece todos os créditos por ter enfrentado o dificílimo desafio de abordar uma franquia venerada e, no mínimo, apresentar um jogo com as mesmas qualidades dos melhores X-Com do passado. E, na minha opinião, até mesmo supera-los, atualizando a jogabilidade, mantendo os melhores elementos de gerenciamento dos jogos anteriores e aprimorando a diversidade de missões disponíveis.
Entre os jogos de ação, Diablo III junta-se facilmente à franquias consagradas, como Halo e God of War, para figurar entre aqueles jogos que jamais decepcionam os fãs. A Blizzard não produz muitos jogos, demora para lançar novos títulos, mas a qualidade do que apresenta é virtualmente inquestionável. Diablo III poderia ter apresentado mais elementos inovadores do que simplesmente introduzir alguns elementos de MMO, como o mercado de itens, mas todas as qualidades que tranformaram Diablo em uma da franquias mais famosas da história voltaram a aparecer com muita consistência. E, do lado das novidades, Dishonored é a grande novidade nesse mundo. Um jogo de furtividade e assassinato, com diversas formas de abordagem de cada missão, e ainda num universo steampunk lindamente desenhado, é uma franquia que todo jogador que se preze recebe de braços abertos.
Aliás, o gênero de furtividade que conseguiu a façanha de ter um representante também em jogos de plataforma 2D, com a chegada do genial Mark of the Ninja. Não fossem as qualidades inerentes do próprio título, o simples fato de se conseguir produzir, com sucesso, um jogo de furtividade em ambiente 2D já é algo digno de todos os elogios. Mas quando o assunto são jogos árcades, é claro que o título de obra prima do ano vai para Journey. Além de ter uma das trilhas sonoras mais lindas de toda a geração, indicada inclusive ao Grammy, a abordagem estética do jogo é fascinante e, levando em consideração que é um jogo que entra mudo e sai calado, é impressionante como consegue emocionar ao levar o jogador numa aventura através do mundo desolado que vai contando, através de desenhos, a sua história.
No sempre disputado gênero de jogos de tiro, os grandes destaques são Borderlands 2 e Far Cry 3. Ambos os jogos possuem em comum o fato de terem superado os títulos anteriores da franquia por ampla margem. Também tem por característica comum o fato de fugirem da linearidade típica de jogos de tiro e consagrarem a liberdade do jogador, seja com uma grande diversidade de missões e de configurações de equipamento que se vê em Borderlands 2, seja dando plena liberdade de exploração e descoberta de um mundo aberto, como em Far Cry 3, que ainda confere uma quantidade incrível de opções de abordagem em cada missão, e também uma das melhores dublagens de toda geração, com destaque para a dublagem de Vaas e Buck. É claro que Halo 4 merece todos os elogios técnicos pela extraordinária melhoria na direção de arte, ao mesmo tempo em que mantendo as qualidade de seus jogos online e ainda flexibilizando os controles de forma a aprimorar ainda mais a jogabilidade de um título já conhecido pela qualidade de sua jogabilidade.
E finalmente, o grande título e conquista do ano, The Walking Dead. Existem tantos motivos que fazem The Walking Dead o melhor título do ano que é sempre arriscado esquecer de algum. Mas vamos a eles, sem nenhuma ordem hierárquica: 1) com sucesso revive o gênero de jogos adventure de “Point and click”, conferindo dinâmica e tensão num gênero universalmente caracterizado pela estática e pela comédia casual; 2) explora com sucesso quase sem precedentes a comercialização de um jogo por episódios; 3) apresenta temática adulta num gênero tipicamente familiar, com a coragem de enfrentar temas ainda tabus na indústria de jogos, como suicídio, infanticídio e eutanásia; 4) coloca o jogador diante de terríveis dilemas morais, em que a escolha é efetivamente cinzenta, propondo debates éticos de profundidade que poucos jogos de RPG já conseguiram fazer; 5) possui um enredo que cativa o jogador e o faz vivenciar o drama que se passa em sua frente, mantendo sua qualidade virtualmente em todos os episódios; 6) a dublagem dos personagens é muito boa também, o que colabora de forma decisiva para a imersão e 7) consegue, com sucesso, adaptar quadrinhos (e série televisiva) para os jogos eletrônicos, façanha tão rara que nessa geração apenas Batman tinha conseguido com sucesso uma adaptação dessa qualidade.
Olhando para trás, portanto, 2012 poderia ter sido melhor, mas o que trouxe de bom vai sempre figurar entre o que há de melhor nessa geração, como The Walking Dead, Journey, Far Cry 3, Dishonored, Diablo III. Para um final de geração, é difícil esperar muito mais do que isso,
2012 não foi um ano fantástico para os jogos eletrônicos. Natural, em se tratando de um final de geração para os videogames. Felizmente, não foi também o pior dessa geração.
Para os jogadores de PC, foi um bom ano. O abismo que foi se formando entre o hardware dos consoles e o dos computadores médios (ao menos no primeiro mundo) fez com que a versão para PC de diversos lançamentos desse ano (como X-Com ou Far Cry 3) apresentasse desempenho melhor nos PCs. Além disso, o PC também viu o lançamento como única plataforma de diversos jogos que figuram entre os melhores do ano, como Diablo III, Guild Wars 2 e Crusader Kings 2.
Para o Xbox 360 o ano foi mediano. O 360 não chegou a ver grandes novidades, enquanto a Microsoft continua investindo em conteúdo para o kinect , ainda sem emplacar um grande título de qualidade para o console. Aprimorou também a quantidade de serviços ofertados pela Live Gold, já que a PSN deixou no chinelo a Live Silver em todos os aspectos, e a Microsoft foi forçada a aprimorar a quantidade de benefícios para a Live Gold para fazer frente à PSN+. Infelizmente, o Brasil ainda continua sem acesso a boa parte de serviços ofertados pela Live nos EUA. Em favor do 360, o lançamento de pelo menos quatro grandes jogos de qualidade de forma exclusiva nos consoles: The Witcher 2, Halo 4, Forza Horizon e Mark of the Ninja.
Para o PS3 o ano foi melancólico. Com a honrosa exceção do extraordinário Journey, a Sony pouco ofereceu de exclusivo de qualidade esse ano. Battle Royale não se compara ao que foi lançado pela concorrência e Twisted Metal disse pouco a que veio também. O Move continua minguando e obscurecido pelo sucesso comercial do kinect. Pelo lado positivo, a Sony deixou claro para o consumidor que a PSN gratuita por si só já deixa o consumidor na dúvida a respeito da necessidade de pagar pelo serviço da Live Gold, e a PSN+, oferecendo diversos jogos gratuitos, mais do que compensou o investimento pedido a seus jogadores.
E o Wii, pobre wii, ficou escanteado durante todo o ano, também sob eclipse do WiiU, cujos primeiros jogos ainda não encantaram ninguém, mostrando uma evidente crise de identidade da Nintendo, que parece querer corer atrás de um público hardcore sem que ofereça a esse público qualquer atrativo que os tire do PC, 360 ou PS3.
Entre os gêneros de jogos, a geração apresentou extremos.
Os jogos de esporte lançados não apresentaram nada de novo. NBA 2k13, Fifa 13, MLB: The Show, tudo foi mais do mesmo em franquias que até por limitações de hardware pouco podem oferecer de novo. Digno de nota a redução do abismo de qualidade que vinha separando FIFA e PES, mas nada que ameace a supremacia facilmente conseguida nessa geração pelo título da Electronic Arts.
Os jogos de luta lançados foram, no mínimo, frustrantes. Em uma geração que conseguiu ver o lançamento de diversos jogos de luta de qualidade, como Street Fighter, Mortal Kombat, Dead or Alive 4, BlazBlue, ter que se contentar com títulos como Persona
Arenda ou Soul Calibur V foi muito pouca coisa. E mesmo os lançamentos de franquias consagradas, como Dead or Alive e Tekken não viveram à altura de seus predecessores, sendo apenas presentes para os fãs das séries.
Para os fãs de jogos de corrida, as estrelas solitárias sem dúvida foram Forza Horizon e Need for Speed: Most Wanted. Não chegou, contudo, a ser uma grande notícia para os fãs de simulações hardcore. Most Wanted é provavelmente um dos jogos de corrida menos realistas da franquia NFS (influência clara dos excessos de Burnout, já que o estúdio foi o mesmo), e Forza Horizon, apesar da qualidade do lindo cenário de Colorado, e a diversão garantidas pelas diversas provas e modalidades de corrida que o jogo oferece, evidentemente se voltou a um público mais casual, com física menos exigentes, danos puramente estéticos no veículos e dirigibilidade simplificada.
Também numa geração que tem sido tão boa para os fãs de RPGs, 2012 poderia ter sido mais generoso. É certo que tivemos o desfecho de Mass Effect, mas é difícil não olhar para Mass Effect e pensar como o “modelo” de RPG da Bioware já está ficando cansado, e mais difícil ainda ignorar toda a controvérsia em torno de um final que não viveu nem de longe à altura da trilogia. The Witcher 2 no Xbox 360 sem dúvida alguma foi um dos melhores RPGs do ano, e um grande feito de adequação de um jogo exigente do ponto vista técnica para as limitações de um console. Sofre, contudo, pelo fato de ter chegado atrasado nos consoles, já que fora lançado um ano antes para PC. Se considerarmos Diablo III e Borderlands 2 como RPGs, o cenário no gênero fica um pouco melhor, mas Diablo III me parece melhor enquadrado como um jogo de ação, e Borderlands 2 parece muito melhor classificado como um jogo de tiro. A quantidade de elementos de RPG que ambos os jogos possuem não apresenta a densidade necessária, a meu ver, para serem classificados como RPG.
Para os fãs de estratégia, foi um bom ano, capitaneado em especial pelo “revival” de X-Com e, para os fãs de estratégia hardcore, a chegada de Crusader Kings 2. X-Com em particular merece todos os créditos por ter enfrentado o dificílimo desafio de abordar uma franquia venerada e, no mínimo, apresentar um jogo com as mesmas qualidades dos melhores X-Com do passado. E, na minha opinião, até mesmo supera-los, atualizando a jogabilidade, mantendo os melhores elementos de gerenciamento dos jogos anteriores e aprimorando a diversidade de missões disponíveis.
Entre os jogos de ação, Diablo III junta-se facilmente à franquias consagradas, como Halo e God of War, para figurar entre aqueles jogos que jamais decepcionam os fãs. A Blizzard não produz muitos jogos, demora para lançar novos títulos, mas a qualidade do que apresenta é virtualmente inquestionável. Diablo III poderia ter apresentado mais elementos inovadores do que simplesmente introduzir alguns elementos de MMO, como o mercado de itens, mas todas as qualidades que tranformaram Diablo em uma da franquias mais famosas da história voltaram a aparecer com muita consistência. E, do lado das novidades, Dishonored é a grande novidade nesse mundo. Um jogo de furtividade e assassinato, com diversas formas de abordagem de cada missão, e ainda num universo steampunk lindamente desenhado, é uma franquia que todo jogador que se preze recebe de braços abertos.
Aliás, o gênero de furtividade que conseguiu a façanha de ter um representante também em jogos de plataforma 2D, com a chegada do genial Mark of the Ninja. Não fossem as qualidades inerentes do próprio título, o simples fato de se conseguir produzir, com sucesso, um jogo de furtividade em ambiente 2D já é algo digno de todos os elogios. Mas quando o assunto são jogos árcades, é claro que o título de obra prima do ano vai para Journey. Além de ter uma das trilhas sonoras mais lindas de toda a geração, indicada inclusive ao Grammy, a abordagem estética do jogo é fascinante e, levando em consideração que é um jogo que entra mudo e sai calado, é impressionante como consegue emocionar ao levar o jogador numa aventura através do mundo desolado que vai contando, através de desenhos, a sua história.
No sempre disputado gênero de jogos de tiro, os grandes destaques são Borderlands 2 e Far Cry 3. Ambos os jogos possuem em comum o fato de terem superado os títulos anteriores da franquia por ampla margem. Também tem por característica comum o fato de fugirem da linearidade típica de jogos de tiro e consagrarem a liberdade do jogador, seja com uma grande diversidade de missões e de configurações de equipamento que se vê em Borderlands 2, seja dando plena liberdade de exploração e descoberta de um mundo aberto, como em Far Cry 3, que ainda confere uma quantidade incrível de opções de abordagem em cada missão, e também uma das melhores dublagens de toda geração, com destaque para a dublagem de Vaas e Buck. É claro que Halo 4 merece todos os elogios técnicos pela extraordinária melhoria na direção de arte, ao mesmo tempo em que mantendo as qualidade de seus jogos online e ainda flexibilizando os controles de forma a aprimorar ainda mais a jogabilidade de um título já conhecido pela qualidade de sua jogabilidade.
E finalmente, o grande título e conquista do ano, The Walking Dead. Existem tantos motivos que fazem The Walking Dead o melhor título do ano que é sempre arriscado esquecer de algum. Mas vamos a eles, sem nenhuma ordem hierárquica: 1) com sucesso revive o gênero de jogos adventure de “Point and click”, conferindo dinâmica e tensão num gênero universalmente caracterizado pela estática e pela comédia casual; 2) explora com sucesso quase sem precedentes a comercialização de um jogo por episódios; 3) apresenta temática adulta num gênero tipicamente familiar, com a coragem de enfrentar temas ainda tabus na indústria de jogos, como suicídio, infanticídio e eutanásia; 4) coloca o jogador diante de terríveis dilemas morais, em que a escolha é efetivamente cinzenta, propondo debates éticos de profundidade que poucos jogos de RPG já conseguiram fazer; 5) possui um enredo que cativa o jogador e o faz vivenciar o drama que se passa em sua frente, mantendo sua qualidade virtualmente em todos os episódios; 6) a dublagem dos personagens é muito boa também, o que colabora de forma decisiva para a imersão e 7) consegue, com sucesso, adaptar quadrinhos (e série televisiva) para os jogos eletrônicos, façanha tão rara que nessa geração apenas Batman tinha conseguido com sucesso uma adaptação dessa qualidade.
Olhando para trás, portanto, 2012 poderia ter sido melhor, mas o que trouxe de bom vai sempre figurar entre o que há de melhor nessa geração, como The Walking Dead, Journey, Far Cry 3, Dishonored, Diablo III. Para um final de geração, é difícil esperar muito mais do que isso,