Não só o número de assinantes da Plus, o próprio número de usuários ativos mensais tem se mantido em uma constante já tem vários trimestres. A Plus tá oscilando ali na casa dos 47,4 (sobe um pouco, cai um pouco) desde dezembro de 2020, o número de MAU atingiu o pico em junho de 2020 e não passou de lá desde então. Pra uma empresa do tamanho da Sony (vale o mesmo pra Microsoft e Nintendo), é uma posição desconfortável de se estar porque o aumento de receitas não vem da renovação do público mas sim da exploração da sua atual base de assinantes/usuários através de novos métodos de consumo (microtransações, conteúdos extras, assinaturas, etc.). E isso é bastante limitado porque o nosso tempo/grana são limitados também. Tem que encontrar novos públicos, pra empresas desse tamanho, crescer coisa de um dígito/ano pode ser visto como uma decepção. A própria renovação da Plus não gerou um efeito de novos assinantes, mas elevou o ticket médio dos assinantes atuais.
Talvez por isso, a Sony possa estar planejando essa guinada tão grande entre jogos single/GAAS em tão pouco tempo, vindo de uma publisher que tem sido referência em lançamentos single há uma década. De 88% x 12% em 2019 para 45% x 55% neste próximo ano e o 60% x 40% até 2025. Apesar desses jogos terem sim seu público e, nos últimos anos, estarmos vivendo uma nova lua de mel com jogos puramente single player/campanha, o canto dos GAAS é muito doce pra deixar de lado: se investir em um monte e acertar em 2-3, já dá pra fazer uma boa grana.
Sobre a inversão do terceiro gráfico, vale destacar que não é que vão diminuir os investimentos em jogos single, a ideia é aumentar mas ir pra cima com gosto do lado do GAAS.