Depois de ter passado uma semana e ter digerido as conferências, mantenho a opinião sobre minha conferência preferida.
Gostei bastante da Devolver Digital pela zoeira inacreditável e as críticas à indústria como um todo, mas minha escolha tem que ir pra Ubisoft.
Não só por terem empolgado do início ao fim, com jogo atrás de jogo - só parando pro clássico momento de Just Dance.
Foi o show mais humano, o mais verdadeiro de todos. Eu senti que aqueles caras ali estavam mais do que confiantes, mas realmente satisfeitos com o trabalho apresentado.
Não era o Patrick Soderlund da EA que não passa empatia nenhuma. O formato da Sony também não favoreceu o Shawn Layden.
Até na da Microsoft eu senti o Spencer um pouco apagado em relação aos anos anteriores. Mas a Ubi brilhou, com o Yves carismático pra caramba, Miyamoto surgindo de surpresa, e outros dois momentos pra se destacar - que não são de jogos, mas sobre jogos e coisas além.
Davide Soliani (diretor criativo do Mario Rabbids) chorando de emoção ao poder apresentar um jogo com o Mario em conjunto com a Nintendo, mesmo não trabalhando lá. Tendo o trabalho elogiado pelo Shigeru Miyamoto, muito provavelmente um ídolo da infância e uma referência na carreira!! E ainda ser aplaudido por todo o teatro.
O Michel Ancel foi outro que tava claramente feliz por finalmente mostrar algo de Beyond Good and Evil 2. O cara entrou no palco e tava pra cá e pra lá de nervoso. Depois ainda agradecendo a equipe, o próprio Yves e a comunidade que apoiou e se manteve firme esperando uma sequência por quase 15 anos.
Não eram CEOs, executivos, apresentadores que tentavam ser engraçadinhos, youtubers ... Eram pessoas, e transmitiram muito bem a mensagem.
A gente comenta que a E3 também é hora de vender sonhos. Nessa da Ubisoft, os jogos apresentados eram os sonhos dos caras virando realidade.
Sobre cada uma das conferências, vi quase todas, e o que achei, resumidamente:
- EA: sem comentários, único ponto que me chamou a atenção foi A Way Out;
- Microsoft: achei ridículo o narrador falar somente exclusive em todo jogo, não importa se era launch exclusive, console exclusive ou true exclusive. Finalmente data de Cuphead, to só esperando aparecer um preço bom no Steam (R$ 77,45 na Live
). Gostei da
diversidade de gêneros dos títulos apresentados, e também de saber que teremos um novo Ori;
- Bethesda: pro meu gosto, destaque só pro Wolfenstein;
- Devolver: incrível.
- Nintendo: não vi;
- Ubisoft: acho que a primeira parte do meu comentário deixa bem claro o quanto gostei. Skull & Bones foi surpresa e vou acompanhar esse jogo que pode abocanhar um pedaço do público de Sea of Thieves;
- Sony: bem abaixo do esperado, mas compreensível visto que os maiores jogos deste ano foram apresentados ano passado. Notícia boa é que Detroit, God of War e Spider-Man estão confirmados pra 2018 - os dois últimos até a metade do ano, Detroit sem data mas o Cage falou que dessa vez sai.