Caros amigos do JogandoPapo, como sempre começo minha postagem agradecendo pela agradável companhia que me fazem durante minhas viagens. Ainda sobre o cast 122, acho que os amigos estão muito pessimistas quanto aos serviços, em especial o Gamepass. Não consigo enxergar esse serviço como um possível culpado pela queda de qualidade dos games, na verdade penso que ele será a salvação a longo prazo. O valor de produção dos jogos tem crescido e as vendas destes não tem acompanhado seus gastos, fazendo com que as grandes produções tenham se fechado em títulos já consagrados e raras novas Ips. Basta olhar essa geração atual, onde tivemos pouquíssimas novas propriedades e muitas sequencias de títulos já consagrados, nem citarei os inúmeros remasters e remakes. Isso é reflexo claro dos custos das grandes produções e os riscos que o atual modelo impõe.
Com o gamepass temos uma mudança principalmente em como se paga essas produções, uma mudança que realmente pode salvar os AAAs, pois muda a ordem das coisas. Atualmente se gasta um dinheiro alto na esperança de que o titulo venda a ponto de se pagar e gerar lucro. Pegando o Shadow of Tomb Raider como exemplo, temos um game AAA de
$125 milhões de dólares, ou seja, ele teria de vender pelo menos 2.1 milhões de unidades a preço cheio para se pagar (nem estou considerando que eles não ficam com os $60). São números que assustam qualquer investidor. Com o gamepass o jogo já deve nascer pago, pois o investimento certamente vem do que é arrecado com as mensalidade. Pegando a base do
Xbox One que deve estar na casa dos 50 milhões, se tivermos 10% desse número de assinantes a um preço médio de $10, a MS tem uma renda mensal de $50 milhões de dólares. São números que não podem ser ignorados e nem estou fazendo conta com os jogadores de PC que podem elevar esses números exponencialmente.
Mudando um pouco o rumo do assunto... Outro ponto levantado pelos amigos que já havia percebido, mas que ainda não havia pensado muito sobre, são os reflexos das assinaturas sobre a postura do consumidor e isso sim poder ser preocupante. No meu caso, vi o Shadow of Tomb Raider, Wolfeintein The New Colossus, títulos que não peguei no lançamento, mas paguei mais R$150,00 em cada e os vi entrarem no pass um ou dois meses após pegá-los. Isso acabou me inibindo de pegar outros títulos, como por exemplo o Rage 2 e o novo Wolfeinstein, pois tenho certeza que irão pintar no gamepass num curto período. Acompanhando os tópicos aqui do Pxb, não tem sido raro ler postagens nessa mesma linha. Isso é bom para o consumidor que poupa seu suado dinheiro, mas de certa forma é preocupante para marca, pois um cenário onde os jogos que não estejam no pass vendam muito pouco na plataforma, podem afastar as produtoras de investirem em conversões de seus jogos para
Xbox, dando aos concorrentes exclusividades, ainda que temporária, de jogos.
Agora falando sobre o cast 123, muito bacana os relatos dos amigos. Os games também foram os grandes culpados por 99% do domínio da língua inglesa que tenho, o que não é muito, mas o pouco que sei devo a eles. Numa época onde internet não existia nem no dicionário, games eram quase que uma viagem a outros mundos, outras culturas e outros idiomas. Lembro com se fosse hoje a primeira vez que vi ShenMue no Dreamcast, aquela trilha sonora, aquele mundo era algo que me fascinava.
Bem, acho que já falei até de mais. Obrigado pelo cast e até o próximo.