Pois então pessoal, já estou com algumas horas de jogo em Elite: Dangerous, e posso fazer alguns comentários sobre ele.
Antes de mais nada, deixar claro que isso não é um Review apesar de ter uma estrutura parecida, e que o jogo se encontra naquele sistema de acesso antecipado na Xbox Live. Tanto a página do jogo na Live quanto na primeira tela do jogo, é dito bem claro que se trata de um trabalho em andamento e não de um produto acabado. O jogo está disponível para compra apenas na Xbox Live US, e também tem um preview de 1 hora gratuito para quem quiser testar.
PC x Xbox One. Basicamente, todo o conteúdo da versão de PC está disponível para o Xbox One, e acompanhando as notícias do desenvolvedor, eles esperam manter dessa forma. Uma coisa fica clara porém, é o que o jogo é consideravelmente mais complicado de aproveitar no console, pela simples falta de botões.
Antes de entrar em méritos separadamente na questão de gráficos, sons e jogabilidade, vale a pena deixar claro do que se trata o Elite: Dangerous. Não é um joguinho de nave espacial, não é jogo de ação, não é um jogo dinâmico e tão pouco simplista, certamente é um jogo que vai te deixar puto da vida em vários momentos. Você pode tentar ganhar a vida como caçador de recompensas, na pirataria, na mineração, no comércio, na exploração... O jogo não tem linha de história definida, você recebe uma nave e um pouco de crédito no começo e boa sorte. É um jogo que foge de todas as classificações tradicionais, e junto com Star Citizen tinham que ter uma categoria só para eles.
Basicamente, o jogo não segura na sua mão, em nenhum momento. O máximo de colher de chá que o jogo te dá é um modo de vôo assistido, que você pode desabilitar a qualquer momento também. Nessa situação você tem de lidar com a inércia de movimento, por exemplo.
Vamos falar sobre os tópicos principais.
Gráficos: Fiquei surpreso com a versão do One. Claro que não tem comparação com o que alguns loucos fazem no PC com máquinas megalomaníacas, mas o jogo roda no One de forma muito competente. O jogo é graficamente simplista, não por falta de esmero dos desenvolvedores, mas porque você só vê a beleza em algumas situações. A primeira coisa que você perceber com esse jogo, é que o espaço é grande pra cacete, vazio pra cacete e que os desenvolvedores fizeram um bom trabalho do cacete em retratar isso. Em 99% do tempo você só vai ter o vazio do espaço na sua frente.
Som: Você ouve algumas coisas, às vezes. Os efeitos sonoros dentro da nave são legais, e é isso que se resume o som do jogo além das músicas de elevador.
Jogabilidade: Quer pousar em uma estação? Tem de pedir permissão por rádio, que pode ser negada por uma infinidade de razões. Não tem combustível para pular para o próximo destino? Pode coletar perto do sol dentro do sistema que você está, mas tem de ser alguns tipos de estrela, não é qualquer uma, e você precisa de um coletor de hélio/hidrogênio para isso.
Não sabia que não ia conseguir pousar na tal estação espacial, e que você precisava de um coletor solar para conseguir combustível perto da estrela? DANE-SE.
De uma forma básica, isso resume a jogabilidade em Elite: Dangerous. Como eu disse, nada de segurar na mão do jogador. Pegou um contrato para matar um piloto renegado em um sistema distante? Boa sorte ACHANDO o cara. Os seus sensores têm alcance limitado, precisão também limitada, e os sensores de longo alcance só funcionam em um modo de pilotagem para grandes velocidades, o que complica ainda mais interceptar esses alvos. Logo você vai descobrir que ficar de tocaia nas estações do sistema em questão é a forma mais rápida de abordar seus alvos.
O jogo tem três “modos” de movimentação. Um drive de hyper espaço, que vai te levar de estrela em estrela. Um drive FTL que vai te levar muito rápido dentro do mesmo sistema solar (Pode até ir de um sistema a outro com ele mais vai demorar alguns dias. SIM, DIAS.), e o modo de movimentação local, que você vai usar em batalhas e em aproximações a estações e outros objetos.
Uma coisa que é meio chata no One é a sensível demora em abrir o mapa da galáxia e do sistema solar em relação ao PC, e você utiliza bastante esses sistemas para se locomover. Vamos exemplificar uma viagem para uma estação em outro sistema solar, por exemplo, que fica a 4 pulos de distância. O drive de hyper espaço sempre vai te deixar perto da estrela principal do sistema solar, então você vai fazendo essas paradas todas, de estrela em estrela, até chegar ao sistema solar de destino. Hyper espaço, espera o cool down do drive, mais um salto, e assim vai. Quando chegar ao sistema solar de destino, habilitar o drive de super cruzeiro, e vai até o seu destino. Geralmente, o super cruzeiro da estrela até o seu destino demora muito mais do que o pulo do hyper espaço entre estrelas, mas você chega no seu destino. Claro, isso se você lembrar de desacelerar quando for chegando perto... geralmente quando a sua nave mostra o alerta de desacelerar, já passou em muito o tempo de reverter os propulsores e quando você conseguir para a nave já vai estar longe para cacete do seu destino.
E quando chegar ao destino, ahh, como é bom fazer o pouso em uma estação espacial... eu não tenho forma mais simples de dizer isso, então lá vai: FAÇAM O TUTORIAL DE POUSO EM ESTAÇÕES ESPACIAIS. REPETIDAMENTE. ATÉ VOCÊS ENTENDEREM O QUE ESTÃO FAZENDO. Ao pedir permissão, a estação vai determinar em qual pad você pode utilizar, e seu primeiro trabalho é localizar ele, o que pode ser complicado principalmente nas estações de mineração que parecem favelas que crescem desordenadamente, então prepare-se para ficar rodando pela estação até localizar o pad determinado que vai ter um suave realce. Depois, é fazer a aproximação, com o equipamento de pouso ativado, e torcer para o jogo entender a sua aproximação a estação. Tem um equipamento de nave que facilita esse processo, mas é marginal. Vale mais a pena utilizar o espaço que esse equipamento usa para outra coisa mais útil, e você aprender a pousar a sua nave.
Se ficaram com alguma dúvida, perguntem aí que vou tentar responder a todas!
TL;DR: Jogo pra quem busca um simulador espacial muito competente, galaticamente imenso e virtualmente eterno. Não é pra quem quer jogo de navezinha tipo Star Wars ou Star Trek.
Antes de mais nada, deixar claro que isso não é um Review apesar de ter uma estrutura parecida, e que o jogo se encontra naquele sistema de acesso antecipado na Xbox Live. Tanto a página do jogo na Live quanto na primeira tela do jogo, é dito bem claro que se trata de um trabalho em andamento e não de um produto acabado. O jogo está disponível para compra apenas na Xbox Live US, e também tem um preview de 1 hora gratuito para quem quiser testar.
PC x Xbox One. Basicamente, todo o conteúdo da versão de PC está disponível para o Xbox One, e acompanhando as notícias do desenvolvedor, eles esperam manter dessa forma. Uma coisa fica clara porém, é o que o jogo é consideravelmente mais complicado de aproveitar no console, pela simples falta de botões.
Antes de entrar em méritos separadamente na questão de gráficos, sons e jogabilidade, vale a pena deixar claro do que se trata o Elite: Dangerous. Não é um joguinho de nave espacial, não é jogo de ação, não é um jogo dinâmico e tão pouco simplista, certamente é um jogo que vai te deixar puto da vida em vários momentos. Você pode tentar ganhar a vida como caçador de recompensas, na pirataria, na mineração, no comércio, na exploração... O jogo não tem linha de história definida, você recebe uma nave e um pouco de crédito no começo e boa sorte. É um jogo que foge de todas as classificações tradicionais, e junto com Star Citizen tinham que ter uma categoria só para eles.
Basicamente, o jogo não segura na sua mão, em nenhum momento. O máximo de colher de chá que o jogo te dá é um modo de vôo assistido, que você pode desabilitar a qualquer momento também. Nessa situação você tem de lidar com a inércia de movimento, por exemplo.
Vamos falar sobre os tópicos principais.
Gráficos: Fiquei surpreso com a versão do One. Claro que não tem comparação com o que alguns loucos fazem no PC com máquinas megalomaníacas, mas o jogo roda no One de forma muito competente. O jogo é graficamente simplista, não por falta de esmero dos desenvolvedores, mas porque você só vê a beleza em algumas situações. A primeira coisa que você perceber com esse jogo, é que o espaço é grande pra cacete, vazio pra cacete e que os desenvolvedores fizeram um bom trabalho do cacete em retratar isso. Em 99% do tempo você só vai ter o vazio do espaço na sua frente.
Som: Você ouve algumas coisas, às vezes. Os efeitos sonoros dentro da nave são legais, e é isso que se resume o som do jogo além das músicas de elevador.
Jogabilidade: Quer pousar em uma estação? Tem de pedir permissão por rádio, que pode ser negada por uma infinidade de razões. Não tem combustível para pular para o próximo destino? Pode coletar perto do sol dentro do sistema que você está, mas tem de ser alguns tipos de estrela, não é qualquer uma, e você precisa de um coletor de hélio/hidrogênio para isso.
Não sabia que não ia conseguir pousar na tal estação espacial, e que você precisava de um coletor solar para conseguir combustível perto da estrela? DANE-SE.
De uma forma básica, isso resume a jogabilidade em Elite: Dangerous. Como eu disse, nada de segurar na mão do jogador. Pegou um contrato para matar um piloto renegado em um sistema distante? Boa sorte ACHANDO o cara. Os seus sensores têm alcance limitado, precisão também limitada, e os sensores de longo alcance só funcionam em um modo de pilotagem para grandes velocidades, o que complica ainda mais interceptar esses alvos. Logo você vai descobrir que ficar de tocaia nas estações do sistema em questão é a forma mais rápida de abordar seus alvos.
O jogo tem três “modos” de movimentação. Um drive de hyper espaço, que vai te levar de estrela em estrela. Um drive FTL que vai te levar muito rápido dentro do mesmo sistema solar (Pode até ir de um sistema a outro com ele mais vai demorar alguns dias. SIM, DIAS.), e o modo de movimentação local, que você vai usar em batalhas e em aproximações a estações e outros objetos.
Uma coisa que é meio chata no One é a sensível demora em abrir o mapa da galáxia e do sistema solar em relação ao PC, e você utiliza bastante esses sistemas para se locomover. Vamos exemplificar uma viagem para uma estação em outro sistema solar, por exemplo, que fica a 4 pulos de distância. O drive de hyper espaço sempre vai te deixar perto da estrela principal do sistema solar, então você vai fazendo essas paradas todas, de estrela em estrela, até chegar ao sistema solar de destino. Hyper espaço, espera o cool down do drive, mais um salto, e assim vai. Quando chegar ao sistema solar de destino, habilitar o drive de super cruzeiro, e vai até o seu destino. Geralmente, o super cruzeiro da estrela até o seu destino demora muito mais do que o pulo do hyper espaço entre estrelas, mas você chega no seu destino. Claro, isso se você lembrar de desacelerar quando for chegando perto... geralmente quando a sua nave mostra o alerta de desacelerar, já passou em muito o tempo de reverter os propulsores e quando você conseguir para a nave já vai estar longe para cacete do seu destino.
E quando chegar ao destino, ahh, como é bom fazer o pouso em uma estação espacial... eu não tenho forma mais simples de dizer isso, então lá vai: FAÇAM O TUTORIAL DE POUSO EM ESTAÇÕES ESPACIAIS. REPETIDAMENTE. ATÉ VOCÊS ENTENDEREM O QUE ESTÃO FAZENDO. Ao pedir permissão, a estação vai determinar em qual pad você pode utilizar, e seu primeiro trabalho é localizar ele, o que pode ser complicado principalmente nas estações de mineração que parecem favelas que crescem desordenadamente, então prepare-se para ficar rodando pela estação até localizar o pad determinado que vai ter um suave realce. Depois, é fazer a aproximação, com o equipamento de pouso ativado, e torcer para o jogo entender a sua aproximação a estação. Tem um equipamento de nave que facilita esse processo, mas é marginal. Vale mais a pena utilizar o espaço que esse equipamento usa para outra coisa mais útil, e você aprender a pousar a sua nave.
Se ficaram com alguma dúvida, perguntem aí que vou tentar responder a todas!
TL;DR: Jogo pra quem busca um simulador espacial muito competente, galaticamente imenso e virtualmente eterno. Não é pra quem quer jogo de navezinha tipo Star Wars ou Star Trek.