Kojima é um cara que gosta de e sabe como contar histórias. É um storytelling que vai além do próprio jogo, envolve trailers, Twitter, Instagram, geral que tá próximo do Kojima tem elogiado a ambição desse projeto, o que ele quer alcançar. E envolve sim, pensar, como tu falou; olhar, olhar de novo, conversar com outras pessoas. Não é um quadro pronto pra gente apreciar: é um quadro em branco pra gente construir junto também.Chega a ser cômico a forma que o Kojima vai contra a maré com o "marketing" Death Stranding.
Apareceu sei lá, na E3 de 2016 se não me falha a memória e até agora a gente não sabe como é o combate, se o jogo tem algum sistema de evolução de personagem, a lore do jogo, e etc. (okay, tem rumores para tudo isso, mas nada confirmado ou concreto).
É completamente o contrario de toda a indústria nos últimos sei lá, 6 ou 7 anos... onde quando o jogo é apresentado numa feira dessas é mais ou menos assim: "Esse aqui é o jogo X, nele tu controla fulano de tal, que luta contra dinossauros que são escravos dos alienígenas, tudo isso para conseguir resgatar a sua vaca de estimação".
Acho que isso é o que torna o jogo curioso, e as vezes até que incomoda, porque já nos acostumamos a receber as informações literalmente "de mão beijada" que quando elas não nos são apresentadas, da aquela sensação de "caralhos, que porra de jogo é esse que eu não to entendendo nada".
Some essa forma peculiar de "vender o seu produto", com mente do Kojima... e bem, o que temos esse esse jogo (o que no momento, significa não ter muita coisa hahahaha).
Quem acompanha a saga Metal Gear sabe que ele realmente tem a intenção de colocar o jogador para pensar, exatamente como está fazendo com todos esses vídeos de DS... ele te instiga a fazer perguntas a si mesmo e rever seus conceitos. Vide as centenas de pontos com questões sociais, éticas e filosóficas nos longos diálogos da franquia.
Curto essa abordagem, e por isso sempre fui fã dos games dele... mas posso esperar para por minhas mãos no death stranding.
Tanto pode dar certo como pode dar muita merda, como o Victal falou, mas eu gosto de gente que propõe algo diferente.