Produtos de mídia, fruto de mentes criativas, como filmes, jogos e livros, não podem ser sistematizados e institucionalizados de forma que todo ano se produza algo igualmente fantástico que o anterior...mas melhor, que faça homenagem ao cânone...mas que também te surpreenda, que seja nostálgico...e inovador. A EA tentou fazer exatamente isso com suas franquias e deu com os burros n'água. O lance da estagnação criativa me parece talvez uma falácia momentânea. Meu ponto é: ainda é cedo demais para dizer que as novas IPs que surgiram não se tornarão grandes franquias no futuro, ou que não existirão mais IPs AAA novas. Eu acho perigoso generalizar, só isso. A indústria está em fluxo nesse momento. Não dá para dizer como será daqui há 5 anos, muito menos daqui há 10. Os indies hoje podem vir a se tornar o novo segmento A daqui há 10 anos, sem falar que estes jogos estão melhorando em qualidade e escopo de forma assustadora. Pensar como eram os jogos do Summer of Arcade em 2008 como Braid e Castle Crashers e hoje se deparar com jogos como The Witness, Inside, Firewatch, Cuphead, Darkest Dungeon e Yooka Laylee é assustador. Outlast não deve nada...N-A-D-A...em termos de qualidade, história, mecânica e gameplay para outros jogos de horror AAA. Na realidade eu diria que Outlast é mais tenso e mais assustador que metade de todos os jogos de terror AAA lançados nos últimos 10 anos. Além disso muitas franquias só explodiram em sua segunda (ou terceira) interação, caso da série Red Dead, o primeiro foi apenas okay. Não teve absolutamente nada demais. Não foi sucesso nem de crítica nem de público, vendeu pouco mais de 1 milhão e pronto. Foi o segundo jogo da série que explodiu a franquia e pode apostar que a Rockstar fará o possível para que RDR2 alcance níveis de GTA se depender dela.Veja no seu comentario, vc citou The Last of Us e Uncharted 3 para somar sua lista atual de jogos que te agradaram. Vc precisou puxar jogos da geração passada para somar. Eu tenho medo que a nossa industria entre em estagnação. Se continuar assim, não quero imaginar daqui 10 anos como as coisas vão estar.
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