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10 anos de Phil Spencer no Xbox - você tira o chapéu?

Você tira o chapéu para Phil Spencer?


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Em março de 2024, Phil Spencer completou 10 anos à frente da divisão de jogos da Microsoft, que passou por muitos altos e baixos nesse período, deixando de englobar apenas o Xbox (console) e se tornando algo muito mais ambicioso dentro da organização mãe, principalmente se alinhando à filosofia de chegar até onde o consumidor está. Inspirado nesse tópico do ResetEra (A decade is enough. Phil Spencer's leadership has been fundamentally worse than Don Mattrick's), me veio a curiosidade de medir como está a popularidade de um dos executivos mais "galera" da indústria após mais de 10 anos como o rosto da marca, se o saldo é positivo, negativo, misto.

Pra quem talvez seja novo demais, ou não pegue a referência, "tirar o chapéu" era (ainda é?) um quadro do Programa Raul Gil, onde celebridades precisam falar o que pensam sobre outras celebridades da mídia brasileira.

Caso queiram elaborar além do sim/não da enquete, fiquem à vontade para comentar.
 
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Minha opinião: tiro o chapéu, principalmente por conseguir transformar os videogames em um pilar de crescimento para a Microsoft, deixando de lado aquele temor de que um novo CEO ou uma pressão acionária possa forçar a empresa a se desfazer ou diminuir a importância dos jogos dentro da estrutura.

O custo disso é resultado de uma estratégia que vai na contramão de toda a base que a indústria trabalhou até então, saindo do foco em trazer o consumidor para a sua plataforma (com jogos exclusivos e acordos com thirds, especialmente) para criar formas de chegar até onde o jogador está, independente da plataforma - seja em um console da atual geração, da geração passada (One) através do streaming, do PC, celular e até em plataformas concorrentes. O foco agora é a marca Xbox chegar em mais pessoas, e não necessariamente o console.

É um movimento arriscado que, nos últimos anos, tem mostrado uma desaceleração na participação de mercado do Xbox em relação aos concorrentes de Nintendo e Sony - e o quadro final disso ainda é uma incógnita. Mas penso que ainda é uma gestão mais positiva do que negativa visto o tanto que a marca expandiu e passou a investir mais em jogos (que é o que me interessa em primeiro lugar) e também de uma certeza que carrego, que é: jamais veríamos a Microsoft investindo tanto para comprar estúdios e publishers, colocando grana em um serviço como o Game Pass e criando tantos jogos novos com propostas diferentes (só anunciados oficialmente, são 21), se estivessem trilhando um caminho onde o foco estivesse apenas no console.

Para sustentar essa grande expectativa de crescimento, era necessário expandir o cercadinho.

Ainda estamos bem no meio do processo e o resultado final daqui a alguns anos pode tanto ser um sucesso absoluto como uma catástrofe sem volta, e na nossa posição atual, sem acesso aos dados de mercado que direcionam esses movimentos, fica difícil de prever. Mas, visto todas as condições atuais e tendências da indústria, além de próprias decisões e mudanças internas da Microsoft, mais alinhadas ao que a empresa precisa e deseja, é bem provável que estejamos diante do melhor cenário possível para o Xbox. (ou o menos pior)
 
Anticipation Popcorn GIF


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Eu votei sim. Ele trouxe inovações importantes, mas como tudo na vida, deu uma saturada na posição. A Sarah Bond assumiu o lugar dele mais como uma laranja do que realmente uma pessoa que vai trazer novas ideias e levar o Xbox para novos caminhos. Tinha que assumir alguém com certa "independência" igual ele teve para tomar decisões.
 
Gosto muito do trabalho que ele fez no xbox e, principalmente como ele fez a MS investir na divisão xbox. Além de trazer novas tendências para indústria que beneficiou diretamente os consumidores, como o gamepass.

Algumas decisões que discordo por hora, como lançar jogos no Playstation e, tenho minhas dúvidas se veio dele mesmo. Desconfio um pouco dos resultados que uma decisão dessas pode trazer mas, ao mesmo tempo, é algo necessário e não gostaria de pagar uma conta maior por manter esses jogos exclusivos.

Um ponto que sempre fui crítico e ele precisa se provar é na gestão dos jogos. Até agora, o xbox não conseguiu contruir uma agenda de lançamentos de jogos mais concreta e bem distribuída além de, ainda não garantir qualidade nas entregas.
Claro, não todas, mas jogos como Halo, Forza Morotrsport e principalmente Redfall deveriam ter um caprixo muito maior.
É preciso lançamentos consistentes e com qualidade para ganhar a confiança do consumidor.

Fora isso, ideias como cross plays. Croos buy e cross save foram excelentes implementações, além do Homem estar a frente do melhro console já feito que é o series X.
Entregar uma retro de extrema qualidade com os jogos do xbox 360 foi algo muito importante pra mim.

No final de tudo, acho que ele somou bem mais que subtraiu da divisão xbox.
 
Como alguém de fora até a pouco tempo, posso dizer que após o One melhorou muito o lado do Xbox, pois naquela época eu nem sequer cogitava comprar um Xbox, só não comprei um PS4 pois acabei optando por um PC melhor. Agora, a dois meses atrás quando comprei o console, fiz uma comparação pra decidir qual console comprar pontuando jogos, serviços etc. e ficou 4x1 contra o PS5, então sim, o cara fez um ótimo trabalho.
 
"Todo mundo só vê as pingas que eu bebo, mas ninguém vê os tombos que eu levo."
Spencer, Phil

Rápido e rasteiro: entre tapas e beijos, entre acertos e erros, o saldo é BEM positivo.
O Spencer tem trazido cada vez mais esse lado dos "tombos" para o discurso dele. O cara está à frente do Xbox desde 2014, mas só a partir de 2022 quando passou a chefiar toda a nova divisão Microsoft Gaming é que passamos a ver o lado mais "executivo" dele, com diversas declarações sobre como o negócio em si precisa ser sustentável. Vimos isso em situações como as demissões recentes, o fechamento de estúdios e até o preço do Series S no Brasil, o que dá um indicativo de que nenhuma divisão está livre pra torrar dinheiro enquanto outras vão tão bem que compensam no todo, cada região precisa caminhar sozinha e gerar o retorno esperado.

O anúncio da mudança de cargo veio no mesmo dia em que revelaram a intenção de compra da Activision. É bem possível que essa mudança de tom seja consequência disso, ele sabia que estavam dando um passo gigante e que precisaria ser cada vez mais responsável com os resultados a partir dali, seja por motivação própria, seja por metas estabelecidas pelos CFOs. Muito da queimação dele nos últimos tempos acredito que venha daí também, de vermos ele falando crescimento e chegar nos gamers e em acessibilidade enquanto no outro dia demitir pessoas, fechar estúdios, cancelar projetos, etc.

Um ponto que sempre fui crítico e ele precisa se provar é na gestão dos jogos. Até agora, o xbox não conseguiu contruir uma agenda de lançamentos de jogos mais concreta e bem distribuída além de, ainda não garantir qualidade nas entregas. Claro, não todas, mas jogos como Halo, Forza Morotrsport e principalmente Redfall deveriam ter um caprixo muito maior. É preciso lançamentos consistentes e com qualidade para ganhar a confiança do consumidor.
Eu vejo uma responsabilidade meio compartilhada entre Spencer/Booty aqui. O Spencer foi o head da antiga Microsoft Game Studios entre 2009 e 2017, com o Matt Booty assumindo as rédeas a partir de janeiro de 2018 - a mudança para Xbox Game Studios viria em 2019. É desse período específico que vem boa parte das decisões que levaram aos jogos que recebemos nos últimos anos e de todos que receberemos nos próximos, em todos os quesitos (diversidade, qualidade, cronograma, etc.). Vejo melhoras consideráveis na parte de diversidade e qualidade em relação ao que vivemos a partir de 2016 no Xbox One, mas a parte do cronograma confesso que me dececpionou.

A cadência de jogos sendo lançados ainda está bem abaixo do que se espera de uma divisão que saltou de 6 estúdios internos (contando a XGS Publishing) no início de 2018 para 23 em 2024 (antes do fechamento da Tango, Alpha Dog e Roundhouse), sem contar a Activision que ainda é recente e não deu tempo de ver algo prático para poder analisar. Multiplicar seus estúdios quase que por 4x e seguir com buracos no calendário sem nada (como entre out/23 a mai/24, período entre Forza Motorsport e Hellblade 2, ou agora entre mai-set/24, que é o período entre Hellblade 2 e Age of Mythology Retold) é meio difícil de engolir. Mesmo com pandemia, com jogos mais longos/caros de produzir, dava tempo de espaçar melhor os projetos e deixar de ter aquele estigma de empilhar jogos só nos meses finais do ano (entre setembro/dezembro, especialmente).

Pelos últimos movimentos, parece que o Booty agora vai ser mais um supervisor geral dos braços XGS/ZeniMax (sim, ele foi promovido@!@$!@$#!), com o Alan Hartman (ex-Turn 10) cuidando mais da parte operacional do dia a dia da gestão das equipes. Vamos ver como isso vai se traduzir nos próximos anos.
 
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Tiro meio chapéu.

A parte boa que foi feita: - o Xbox one X. Os Xboxs series são bons hardwares (a frente da concorrência) mas não são bem aproveitados. O gamepass foi a melhor ideia da equipe/dele.
A parte ruim que foi feita: - Minar o console Xbox desde o início com jogos simultâneos no PC. Spencer sempre foi o cara pc gamer, ele combina mais com a antiga Microsoft games do que com o Xbox. Compra de vários estúdios que até agora não mostraram a quê vieram , onde a bem da verdade só os estúdios mais antigos conseguiram o sucesso esperado.
 
Como não da pra ficar em cima do muro, eu vou pro lado negativo numa proporção 60/40.

Eles fez sim muitas coisas boas pra marca Gamepass, rewards, expansão dos estúdios 1st party.

Maaaasss, no meu ponto de vista, o ônus foi maior. O Xbox perdeu a agressividade, perdeu a fome de vencer a vontade de impressionar o gamer que a gestão Mattrick tinha, aceitou ser somente mais uma opção de mercado e já se contentou em ser terceiro em marketshare de consoles, abriu as porteiras para lançar 1st party em consoles concorrentes e a marca Xbox como um todo perdeu muita força onde ela um dia chegou a competir pau a pau contra a Sony.
 
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Falhou muito na entrega de jogos fisrt, a partir da metade da geração do One até o começo do Series foi bem fraco nesse sentido. Mas em compensação trouxe o Game Pass, comprou um monte de estúdios e finalmente os jogos estão chegando aos montes.
Acho que pro jogador de Xbox foi mais positivo que negativo, então tiro o chapéu, com ressalvas.
 
Tiro o chapéu Raul, mas tem algumas coisas pra falar...

Muitos pontos positivos, aquisições, gamepass e o hardware foram os pontos altos da gestão do Phil.
Gerenciamento dos jogos, direcionamento da comunicação bem confusa e lançamento dos jogos no concorrente(enfraquecendo o próprio console) seriam os pontos baixos.

Como esse ano esta/ainda será muito bom em lançamento de jogos e o futuro promete, vou tirar o chapéu.
 
Admiro o trabalho do Phil. Claro que como toda liderança, não acerta em tudo. Gostaria de ver ele dando um foco maior no console Xbox, não gostei do fechamento da Tango e o principal, como terceiro maior mercado da marca, o consumidor do Brasil deveria ser mais valorizado pela empresa.

De positivo, diria que ele assumiu a divisão num momento muito conturbado e conseguiu dar a volta por cima. Por mais que muitos façam previsões do fim da marca, acredito que o Xbox nunca esteve tão forte qto está hoje. Ela tem em suas mãos produtos que são verdadeiras minas de ouro como Minecraft, COD, Candy Crush, Sea of Thieves, Elders Scrolls Online, Fallout 76, Diablo... Isso sem contar o gamepass e o Xcloud que vem quebrando barreiras.

Como consumidor, sempre defenderei meu bolso, meu direito de escolha. E essas tem sido bandeiras que o Phil tem levantado.

Vejo mtas críticas a "passividade" dele. Se "bonzinho" ele comprou a ZeniMax e Actvision, colocando os concorrentes pra chorar pelos tribunais mundo a fora... Imagina se esse sujeito fosse malvadão...

É um cara que mudou o meio em que ele atua. Criou um verdadeiro império. Não se vê isso todos os dias.
 
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Vejo mtas críticas a "passividade" dele. Se "bonzinho" ele comprou a ZeniMax e Actvision, colocando os concorrentes pra chorar pelos tribunais mundo a fora... Imagina se esse sujeito fosse malvadão...
Se me permite fazer um parênteses aqui nesse texto, ele conseguiu fazer essas coisas graças ao caixa da empresa mãe, não foi o trabalho dele a frente do Xbox que fez 80 bilhões dólares de lucro pra que ele pudesse comprar ABK, Zenimax e demais.

Fica a dúvida, o que será que o Don Mattrick faria com 80 bilhões de dólares de subsidio, sendo que melhor decisão tomada no X360 (subir a RAM pra 512mb) custou 1bi a Microsoft e quase foi a cabeça de quem tava a frente na época.
 
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