Já que o podcast falou um pouco sobre a CCXP, aqui vão minhas experiências de expositor do Artist's Alley de primeira viagem.
1 - Vizinhos de mesa:
Fiquei do lado de ninguém mais, ninguém menos que Tom Grummett, que por sua vez estava do lado de ninguém mais ninguém menos que Lee Weeks!
Tom Grummett me surpreendeu não só pela simpatia e cordialidade, mas também pelo fato de ele estar em sua mesa desde muito cedo, e ir embora faltando pouco tempo para o evento acabar. Sua esposa Nancy, tão simpática quanto ele, comprou duas cópias do quadrinho que lancei lá, e depois de um abraço, disse que levaria para dois centros de apoio à crianças, lá no Canadá.
A esposa do Lee Weeks, a Tricia, apareceu pedindo por uma cópia também, pois a esposa do Grummett havia comentado pra ela sobre “Sem Palavras”.
Do outro lado, dividindo mesa comigo, estava o
Marcello Fontana, que eu tive o prazer de conhecer. Ele é professor de direito internacional e escreve quadrinhos!
2- Sem Palavras:
Esse é o nome do quadrinho que lancei na CCXP. É um quadrinho mudo, ou seja, sem texto.
Foi incrível ver como as pessoas ficaram chocadas quando descobriram o tema do quadrinho. Vários leitores ficaram abalados e se identificaram com a situação, pois passaram pela mesma coisa. Inclusive, a leitora Yoko, não aguentou e chorou muito.
Incrivel também foi ver a quantidade de psicólogos e professores que apareceram na mesa, e levaram uma ou duas cópias para usarem com seus pacientes e alunos.
Um deles é professor em uma escola no Rio de Janeiro, situado entre duas comunidades rivais, uma dominada pela milícia, e outra dominada por um braço do MST, que dominou o tráfico. Entre interrupções de aula por conta de tiroteio, ainda há o problema abordado em Sem Palavras, que aflige as criancas que já vivem sobre tensão.
Um dos leitores que comprou no sábado gostou tanto que voltou no domingo e comprou mais duas. Só que dessa vez ele trouxe um amigo, cujo nome me soou familiar.
Trata-se de
Marcelo Naranjo, que juntamente com
Sidney Gusman (que também tive o prazer de conhecer e mostrar meu trabalho), é um dos realizadores do podcast Confins do Universo, podcast este que sempre acompanho juntamente com o
Pipoca & Nanquim, durante as incontáveis horas de produção de quadrinhos.
Conversamos sobre a crise editorial no Brasil, e a proposta da Amazon em tentar solucionar o problema.
Falando também em Pipoca & Nanquim, tive o prazer de conhecer o
Bruno Zago e o
Daniel Lopes, só faltou o
Alexandre Callari. Trio que também sempre acompanho durante as horas de desenho.
3 - Acontecimentos:
No domingo chegamos mais cedo para “tentar” passear pelo pavilhão, coisa que não fizemos haha.
Ajudei o meus grandes amigos
Elton, Marcelo Gonzaga e o
Dijjo Lima à tirarem fotos com Tom Grummett e Lee Weeks, depois topamos com o
Mike Deodato, com quem dividi minha experiencia de como deixar melhor a sensação de se desenhar no iPad. Conseguimos autógrafo de David Micheline, co-criador de Venom. E finalmente conheci pessoalmente o
Caio Cacau, que também é alguém à quem eu possa chamar de amigo!
No final do evento ao me despedir de Tom Grummett e sua esposa, um pouco tempo depois de ter arrumado minhas coisas, encontrei em baixo da mesa dele um esboço do Superman que ele descartou...só faltou a assinatura.
Com as coisas todas prontas para ir embora, fiquei com um breve tempo livre para xeretar se o David Llyoid e o Romita Jr. ainda estavam lá. O David não, mas o Romita estava! Corri para buscar minha pasta e avisar o Marcelo, e quando chegamos lá, as funcionárias já irritadas gritavam : “no more signings “! Eu me aproximei, o Romita olhou pra mim, e eu olhei pra ele e disse: “mr.Romita, can we break some rules?” Com um sorriso no rosto, ele assinou minha edição de Homem-Aranha em homenagem ao 11 de Setembro, apertou a minha mao e disse “obrigado” sem sotaque algum...